Passeando pela vida, Helena encontrou árvores que lhe dão mais ouvidos e traz mais paz e silêncio do que se pensou ter um dia. Em respeito, cuida de ouví-las de igual modo. Seu silêncio é ensurdecedor. É natural ser ouvidos e voz. Inteligente mesmo é ser menos voz. Pra ver o mundo todo conectado e sentir-se tão à vontade como é de fato de interesse do Universo.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Poeminha para encerrar.


"Correr o risco, apostar num sonho de amor.

O resto é sorte e azar.
E se por acaso for bom demais é porque valeu."
Cazuza.


Tentei programar meus sentimentos
Jurei nunca mais me enganar
Desperdicei meu tempo programando e jurando
Enquanto meu coração só queria amar.

Fiz do tempo um longe espaço
Arrebentei janelas do acaso
Sorri para a vida e disse sim
Mas juntei choro feito lago.

Amarrei promessas, lembranças
Dei um nó, fiz um laço.
Retirei a poeira do baú
Enquanto me recordava de teu abraço.

Recomeça o choro.
Teu cheiro, teus pelos, teu peso
Não pretendo outra vez me lembrar
Mas como não mais me atentar?

Inventei de com você conversar
Tudo muito raso, como suportar?
Inventei minhas próprias reinvenções.
E novamente os olhos, resolvi fechar.

Rimas fáceis, verbalizar o ar
Por sorte não sou lua, por efeito do Sol brilhar
Presa à orbita terrestre
Sem chance de mil vezes amar.