Passeando pela vida, Helena encontrou árvores que lhe dão mais ouvidos e traz mais paz e silêncio do que se pensou ter um dia. Em respeito, cuida de ouví-las de igual modo. Seu silêncio é ensurdecedor. É natural ser ouvidos e voz. Inteligente mesmo é ser menos voz. Pra ver o mundo todo conectado e sentir-se tão à vontade como é de fato de interesse do Universo.

sábado, 27 de junho de 2009

É o meu coração.

Um tanto depois de sonhar e ver que é tudo tão verdade quanto as portas todas abertas senti-me quieta e calma, mais calma que ontem e menos triste portanto. Por vezes pensei ser tantas eus, e colocá-las para conversar é ouvir ruídos, murmúrios, brigas, choros, desatenção e confusão. Ler-me em lápis apagado não é tão inteligente, não fazer isto que é burrice. Há tanto escrito, mais ainda por escrever e a história é sempre a que se faz. Não ter mais os mesmos ventos sob os cabelos é aceitar o frio de sua ausência. Não sei se morro ou se me fortifico a cada grito de desesperadora saudade. Dói tanto não te tocar todo instante. De instantes constantes é que fazemos e montamos nosso grande quebra-cabeças da vida. Das vidas juntas. De ter mãos dadas e carinhos e denguinhos.
Não me importo de amar-te loucamente. Há tempos faço loucuras contente!
Ao menos de certezas me calo. Que a vida com você é muito mais emocionante e sou uma espécie de razão de tuas aventuras todas! Ah Amor Meu, quantas saudades cabem no meu peito? Te espero pacientemente, com o coração ardendo, mãos trêmulas de ansiedade, boca roxa do frio da ausência e pés lentos de andar sem sentido para qualquer lugar.
Dos amores todos tido, é o que fica impresso em mim. Em minha alma aquietando-a. És o sentido das coisas todas e a companhia para o caminho escolhido. Sei que sou bem vinda em tua casa-coração. És aqui em mim parte, simetria. Um bom sonho que se vive... eu te amo por isso também.

Só não me aperte.

domingo, 21 de junho de 2009

Meio

Meio que querendo estar inteira.
Inteiramente desprendendo das velharias na alma.
Alma pesada e cheia de calos.
Calos nos pés da quentura do asfalto e sandálias de borracha.
Borrachas pra apagar palavras em lápis.
Lápis rabiscando papéis avulsos sem criatividade alguma na mente.
Menti ao meu coração sobre auto-conhecimento.
Auto-conhecimento é caminho ainda nesta minha cabeça de vento.
Vento soprando, a Terra girando, formigas trabalhando e eu dormindo.
Dormindo um sono acordada, um sono de preguiça, palavras não ditas e choro não derramado.
Derramada estou em um mundo novo criado, aparecido, apresentado.
Apresento-me a mim mesma e me mando calar a boca.
Boca do estômago que aperta quando a ansiedade me toca.
Toca mais uma canção... e eu nem se quer me levanto para mudar.
Mudar o que não mais importa de tão necessária transformação.
Transformar o que era bonito e inpensado, incompreendido.
Incompreensão consciente, preguiçosamente escondida pra ser depois.
Depois que sou eu mesma tentando melhorar o que não fiz antes.
Antes que era o tempo e agora passou.
Passado talvez adormeça e acorde o presente mais vivo.
Vivo não mais nos sentimentos já que a necessidade é ser real.
Real e me sentir no caminho, vivendo, sendo, acontecendo.
Acontecendo.
Tecendo.