Sutileza de não gostar.

Já me sinto presa.
Temia este movimento atador.

59 na Torre.
Sala de poucos visitantes e pessoas irritantes.
Mandam, desmandam.
Me sento, levanto. Não ando.
Papéis, água na geladeira, assinatura.
E minha preciosa noite se vai.
Roubaram de mim a Lua.
E a noite cai, a Lua brilha, o vento vai.
Enquanto tudo, quase nada.

Um vento bom que descança.

Ser feliz é voar com o Passarinho.

Fôlego novo. Asas firmes. Desejo de voo longe.

E sorrir o percurso; festejar a vida.

Completude. Conforto. Cumplicidade.

O alcance pertence ao tempo-espaço.

E nós, ao Amor.

Sorrisos sinceros, olhares d´alma, beijos-coração.

O Passarinho canta um descanço naquela árvore.

E se alimenta.

Saciou-se de mim.

Luz nas estrelas.

Viaduto do trabalhador.
E lá foi ele, atrapalhar o tráfego.
Uma vida cheia, intensa. Um homem coletivo.
Fica um depoimento que não entreguei. Uma camisa que não pintei e uma carta que não recebi.
E o tempo que o devorou.
O fim de uma matéria. Eternizada em meu coração choroso, dorido. Incoformado.
Fica o que foi, o que sinto, o que permanece dentro.
Júlio, um irmão.

http://www.redebrasildenoticias.com/2010/04/morre-julio-simoes-lider-do-pstu-no-sul.html

"As coisas lindas são mais lindas quando você está."

São contagens regressivas.

Um dia será sempre um dia a menos quando a distância for nosso intermédio.

E haverá remédio.

É o objetivo da nossa construção diária para então ser perto.

Ao Amor, dedico a vida.

E digo: encontrei belezas incompletas no caminho. Tudo faltou você.

Quero o teu som, o cheiro, o gosto.

Terei então a beleza em sua completude.

...

o sentido é você.

Mãos dadas sempre.