Meio que querendo estar inteira.
Inteiramente desprendendo das velharias na alma.
Alma pesada e cheia de calos.
Calos nos pés da quentura do asfalto e sandálias de borracha.
Borrachas pra apagar palavras em lápis.
Lápis rabiscando papéis avulsos sem criatividade alguma na mente.
Menti ao meu coração sobre auto-conhecimento.
Auto-conhecimento é caminho ainda nesta minha cabeça de vento.
Vento soprando, a Terra girando, formigas trabalhando e eu dormindo.
Dormindo um sono acordada, um sono de preguiça, palavras não ditas e choro não derramado.
Derramada estou em um mundo novo criado, aparecido, apresentado.
Apresento-me a mim mesma e me mando calar a boca.
Boca do estômago que aperta quando a ansiedade me toca.
Toca mais uma canção... e eu nem se quer me levanto para mudar.
Mudar o que não mais importa de tão necessária transformação.
Transformar o que era bonito e inpensado, incompreendido.
Incompreensão consciente, preguiçosamente escondida pra ser depois.
Depois que sou eu mesma tentando melhorar o que não fiz antes.
Antes que era o tempo e agora passou.
Passado talvez adormeça e acorde o presente mais vivo.
Vivo não mais nos sentimentos já que a necessidade é ser real.
Real e me sentir no caminho, vivendo, sendo, acontecendo.
Acontecendo.
Tecendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Se desprender do que não serve.