Perdi-me quando resolvi mergulhar em mim.
De cá de dentro sei que não estou bem e sangro as feridas novas e velhas.
A voz que grita é medrosa.
O choro que não sai e fica preso na garganta é da alma suja.
Há uma imensidão caótica e nada parece querer realinhar-se.
Estou perdida em mim, de mim.
E não há setas, nem coragem para gritar.
Há pensamentos interrompidos pelos barulhos da distração.
Nem o abstrato nem o concreto.
Nem o real nem o natural.
Antes, tudo junto e embolado.
"... vem cá que tá me dando uma vontade de chorar, não faz assim, não vá pra lá, meu coração vai se entregar a tempestade..."
... e Ele está.
...
.
...
Ao menos algum cúmplice amador.
Entre aqui e alí vou me desprendendo. Com leveza para pensar e me interessar por tudo.
Passeando pela vida, Helena encontrou árvores que lhe dão mais ouvidos e traz mais paz e silêncio do que se pensou ter um dia. Em respeito, cuida de ouví-las de igual modo. Seu silêncio é ensurdecedor. É natural ser ouvidos e voz. Inteligente mesmo é ser menos voz. Pra ver o mundo todo conectado e sentir-se tão à vontade como é de fato de interesse do Universo.
sábado, 4 de julho de 2009
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Gostaria eu de ser uma cúmplice também.
ResponderExcluirPoderia ser uma sombra, uma nuvem, um caco perdido no chão por onde você passa.
Saudades tuas.
Tua letra continua com tua forma,
ResponderExcluirsó não sei de teus sentimentos mais! :/