Entre aqui e alí vou me desprendendo. Com leveza para pensar e me interessar por tudo.
Passeando pela vida, Helena encontrou árvores que lhe dão mais ouvidos e traz mais paz e silêncio do que se pensou ter um dia. Em respeito, cuida de ouví-las de igual modo. Seu silêncio é ensurdecedor. É natural ser ouvidos e voz. Inteligente mesmo é ser menos voz. Pra ver o mundo todo conectado e sentir-se tão à vontade como é de fato de interesse do Universo.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Longe de mim.
As interrogações exclamam e as reticências falam
não pontuarei verbos
nem recriarei contos
deixo esvair pensamentos
balbucio palavrões
interrompo raios e trovões
e deixo a chuva me molhar
vejo os pingos ao olhar para cima
tiro meus óculos
me retiro de tudo
coloco, recoloco
sentido em tudo
e ser vazio
e ser líquido
e ser
não não ser
ser
deixa estar
borrado
olhos cerrados
manchado
vermelho
.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Se desprender do que não serve.