Entre aqui e alí vou me desprendendo. Com leveza para pensar e me interessar por tudo.
Passeando pela vida, Helena encontrou árvores que lhe dão mais ouvidos e traz mais paz e silêncio do que se pensou ter um dia. Em respeito, cuida de ouví-las de igual modo. Seu silêncio é ensurdecedor. É natural ser ouvidos e voz. Inteligente mesmo é ser menos voz. Pra ver o mundo todo conectado e sentir-se tão à vontade como é de fato de interesse do Universo.
terça-feira, 27 de julho de 2010
Ato III. O surreal.
Adjetivando meus sentimentos
com olhos fechados em sono profundo
poderia decifrar salteando cores
ou criar desenhos com o inusitado das linhas
e formando formas com as texturas provocadas
numa bagunça de estampas
dentro de gigante caixa preta
tão escura como o cosmos
tão impensável quanto deus
e tão profundamente infinito
quanto um buraco negro invisível.
Convenço-me a abrir os olhos
e percebo dentro de mim.
Há muita água.
Uma energia frenética, agitada, comovida.
Vejo tantas personas
dialogando suas próprias vidas
e refletindo confusões de pequenos pensamentos
misturados todos eles numa mesma cabeça
de uma só pessoa.
Páro. Absorta inspiro.
Expiro.
Sinto falta da ópera dos passarinhos
em fim de tarde
e do timbre da tua voz.
Eu nunca mais vi girassóis
mas posso imaginar um tanto deles.
Nessa imaginação você vem correndo
encantando minha visão
vibrando meu coração
mas o caminho é esteira do tempo
corre, corre e corre!
Não há chegada até que o tempo queira.
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Se desprender do que não serve.