Onde guardo as minhas lembranças, guardo também meu coração.Cada mergulho para dentro de mim sobressalta efeito reflexo do que não sou.
E não me confundo.
Me recordo dos pequenos momentos, dos grandes afetos, dos amores intermináveis só para mim, dos cheiros impregnados em minha memória olfativa, da expectativa criada por outro, do que eu deixei de ser para ser, me recordo principalmente das promessas (uma pisciana leva a sério promessas) e mais ainda das inúmeras juras de amor. Hoje, enclausurada nesses pensamentos, me tornei escrava do que deixei involuntariamente de ser.
Sinto uma saudade do que estava para acontecer e foi interrompido... chega doer o coração.
Procurei silenciosamente um abrigo, não encontrei, até cantei uma conversa, não consegui.
Hoje não há tormenta, nem reviravolta, não há suspiros nem inspiração. Esse lugar que sou parece querer continuar se derramando...
Hoje, só esperança renovada, pois o lugar que sou permanece.
Casa cangote!
ResponderExcluirÀs vezes ouço passos pela rua.
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