Passeando pela vida, Helena encontrou árvores que lhe dão mais ouvidos e traz mais paz e silêncio do que se pensou ter um dia. Em respeito, cuida de ouví-las de igual modo. Seu silêncio é ensurdecedor. É natural ser ouvidos e voz. Inteligente mesmo é ser menos voz. Pra ver o mundo todo conectado e sentir-se tão à vontade como é de fato de interesse do Universo.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O que tem pensado sobre o outro?

Sobre o poder de cativar

Me peguei pensando nas incríveis pessoas conhecidas. Lembrei-me do início "mar de rosas" de toda amizade. Pensei também nos porque's delas sumirem, concluí que não há lógica nessa pergunta. Deve-se perguntar então o para quê das coisas. Para quê elas somem? É que a zona de interesse é muito volúvel e as opções variadas. Remeto-me à integridade, à lealdade ao que se promete, aos sentimentos despertados e deixados. É um troca-troca de pessoas... Eu quero me lembrar do que fica mas o que se foi é destacado. Daí me recordei da famosa frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" A. S. Exupéry. Mas é que o outro normalmente só sai da sua zona de interesse para uma outra zona de interesse. E hoje, século XXI, tempos em que a aparência e a novidade ditam as regras sociais, fica cada vez mais complicado se dividir com o outro. Compartilhar o ser em tempos de compartilhar pseudo ideias é difícil, severo e perigoso. Cada um de nós, embebidos numa extrema vaidade, poderia, ao menos uma vez no dia, se perguntar: qual ideia está saindo da minha boca? Como tenho organizado meus pensamento? O que faço com as pessoas com as quais me relaciono direta e indiretamente? Esse exercício de reflexão poderia salvar o teu dia. Enquanto isso, sofro o corolário de me adaptar aos novos conhecidos e de me entregar ao novo. 



terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Os lugares

Onde guardo as minhas lembranças, guardo também meu coração.
Cada mergulho para dentro de mim sobressalta efeito reflexo do que não sou.
E não me confundo.
Me recordo dos pequenos momentos, dos grandes afetos, dos amores intermináveis só para mim, dos cheiros impregnados em minha memória olfativa, da expectativa criada por outro, do que eu deixei de ser para ser, me recordo principalmente das promessas (uma pisciana leva a sério promessas) e mais ainda das inúmeras juras de amor. Hoje, enclausurada nesses pensamentos, me tornei escrava do que deixei involuntariamente de ser.
Sinto uma saudade do que estava para acontecer e foi interrompido... chega doer o coração.
Procurei silenciosamente um abrigo, não encontrei, até cantei uma conversa, não consegui.
Hoje não há tormenta, nem reviravolta, não há suspiros nem inspiração. Esse lugar que sou parece querer continuar se derramando...
Hoje, só esperança renovada, pois o lugar que sou permanece.