Passeando pela vida, Helena encontrou árvores que lhe dão mais ouvidos e traz mais paz e silêncio do que se pensou ter um dia. Em respeito, cuida de ouví-las de igual modo. Seu silêncio é ensurdecedor. É natural ser ouvidos e voz. Inteligente mesmo é ser menos voz. Pra ver o mundo todo conectado e sentir-se tão à vontade como é de fato de interesse do Universo.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Férias prolongadas sempre.


Oportunidades sempre aproveitadas, bem aproveitadas.
Um espaço vago no meio acadêmico e lá estou eu viajando e fazendo, ou planejando fazer mil coisas [para contar].
As velhas novas pessoas com assuntos des-interessantes e minha capacidade de esquecer de tudo. A distração toda aqui dentro se espalhando em raiva e ódio no coração [risos] aqui fora.
O silêncio todo da Chapada Diamantina [ninguém cantou "Welcome to the jungle" lá na jungle, fiquei tão triste, risos] invadido pelo seu contrário [que não é barulho] na festa do Festival de Inverno Bahia e todo mundo dançando.
A sorte de reencontrar pessoas e rever outras me deixou contente. Saber que o curso do Tempo não faz só bem reduz em parte essa contentação. Mas mesmo assim... todo mundo dançando.
-Vamos correr pra esquentar do frio?
E corre e dança tutstustitustistutistu e pula pra mexer o corpo na mesma onda sonora e ser parte de uma parte que eu não faço parte. E ainda ter sentido.
E voltar. A tempo. Em tempo.
Amanhã, mas agora é verdade.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Eu hein!?!


- Respeitável público!
Um senhor bem vestido e convincente abre a sessão, para mim, de horrores.
Sentada quietamente assistindo a tudo com interesse e medo, não conseguia me livrar das sensações entusiastas de pavor, atenção, interesse, surpresa e terror.
Um terror que só eu sentia alí, hipnotizada pelas cores, movimentos, músicas e aquele misturado cheiro de pipoca, algodão-doce, alfazema, leopardos e poeira.
O picadeiro tem seus mistérios que me fazem lembrar filmes Burton´s. Uma espécie de risos macabros, aqueles palhaços sabiam ser assustadores. Os contadores de histórias com suas marionetes que eu jurava que falavam de verdade. Ah, como me recordo com um incômodo desses momentos.
Não gosto mesmo de circo.
É assustador.
Todas aquelas cores em movimentos ritmizados me faziam ir ao mundo sombrio onde nada tem freio e controle.
No filme Across The Universe existe um circo no caminho dos jovens da trama. É daquele jeito que eu recordo o circo. Aquele tipo de humor que machuca meus sentidos e dá um nó na imaginação.
Sinto que tudo é real. Todos os monstros são palhaços, os maudosos mágicos com seus truques que cortam pessoas ao meio, os trapezistas que roubam crianças para jogá-las lá de cima por diversão (deles), os gritos finos de pavor e as gargalhadas de alegria.
A possibilidade de algo medonho ser real me machuca porque tenho sonhos assim desde criança. E o circo materializa-os. Não entendo.

domingo, 17 de agosto de 2008

O limite do tudo


*A idéia de conhecer "tudo", ter "tudo", ver "tudo" me deixa instigada a saber o que tem nisso.

O que conhecemos, temos, vemos é parte de algo tão superior aos sentidos, imaginação, razão e qualquer desvio dessas concepções, mas é só uma parte. Há a outra sempre. As outras.

Poeirinha... é lá que o planeta Terra está. E menores somos ainda se pensarmos nessa grandiosidade que só é possível a nós imaginada.

*Um céu deslumbrante eu pude sentir a cada dia da viagem. Cada lugar da pequena região conhecida da Chapada Diamantina foi-me presente. Daqueles que lhe servem de tapa na cara. Pra pensar melhor na própria condição humana, nas relações pessoais, refletir o que está dentro pra saber se sai luz ou trevas. Deixar a poeira de todo ranço sair e sumir com o vento. Que balançava os cabelos sem querer saber de beleza salão-de-beleza. A beleza morava alí e mora ainda, nas formas que o vento fazia, brincando com os cabelos tal qual nuvens divertidas no céu, passeando pela Terra. E me senti una.

*E pra qualquer tropeço: aprendi como não continuar caída.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Para ter/ser início.


*Daqueles caminhos que se desejou: agora a menina-moça-mulher caminhará, num momento em que o que se quer é sentir-se só e se equilibrar. Corpo e mente andam em desajuste e o reflexo disso é ser contra reflexos. *Querer ser imagem mais pura e saudável. Pra si (mim) e para o outro (todos).
*Trilhar novidade. Servir de intruso na Natureza. *Ver cores espalhadas, convertidas (ao meu olhar), implícitas e intactas. Sentir vento e ser vento, sentir flores e ver flores, beber água da água. *Conversar o que se pensa com quem gosta de conversar o que se reflete e tem certeza antes. E destruir certezas, pra criar novas. Ou não, ou nada ou o contrário disso. *Carregar peso (objeto) pra me livrar de outro (poesia). Ter nada com tudo dentro. E ver a beleza que guardaram na simplicidade de ser
caminho,
árvores,
rio,
cachoeira,
sol,
chuva,
natureza.
Para iniciar, o que não é fim.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Vitória da Conquista


"...Conhecer o desencanto e ver tudo bem mais claro no escuro..."
O prazer de ter um inverno rigoroso.
O vento gélido que bagunçava os cabelos e resfriava todas as extremidades do corpo fazia adormecer os dedos dos pés completamente cobertos, as mãos que não saía dos bolsos ou das luvas procurava conforto na quentura do balançar ao som musical do MPBlues que exalava emoções em melodias.
O frio que não mudava a temperatura da cerveja. A lembrança de um sol, tão distante quanto um sonho de outrora, que teima em desaparecer.
Há mais poesia aqui do que alí.
As nuvens coloridas coloriam as dores minhas. Encheram-me de bons reflexos e positivos sentimentos.
Como não pensar em paz? Impossível acreditar em fim quando o que se vê é apenas um começo.
A Natureza é um fascínio. Queria morar na sua poesia.
E fugir do obscuro.